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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Conhece House ? Aplicação construtiva o/

“Get out."

Aprendizado colaborativo
Apesar de ser um cabeça dura, House leva a sério o aprendizado colaborativo. Ele nunca age sem antes discutir a situação do paciente. Em muitos episódios, a equipe decifra a doença praticamente sem a sua ajuda. Lembro-me de um episódio em que ele se viu sem a equipe, e chamou o faxineiro como assistente para discutir o diagnóstico do doente. Ele simplesmente precisa de interlocutores para atingir a compreensão dos problemas.
A forma como House discute com a equipe tem tudo a ver com o aprendizado colaborativo e teorias de ensino construtivistas. Assim, dê voz ao aluno e faça-o interagir com outros participantes. Dê flexibilidade para que os rumos do seu treinamento possam ser ajustados pelos aluno e que ele tenha parte no processo de construção do conhecimento.

Simplicidade esclarecedora
Quem assiste House sem dúvida conhece o flipchart em que ele descreve os sintomas a serem analisados. O que me chama a atenção é que nesse flipchart ele torna a informação visível a todos os membros da equipe e ao mesmo tempo evita dados desnecessários ao diagnóstico. Caso seja preciso, eles recorrem ao histórico do paciente, mas antes disso, apenas os sintomas importam. Além disso, a sala do House é repleta de livros de medicina, mas quantas vezes você o viu consultá-los? Não sabemos quantos ele já leu, mas sabemos que ele nunca perde tempo com informações enciclopédicas numa situação de vida ou morte, para alívio do paciente (e dos fãs!).
Assim, não sobrecarregue o aluno com conteúdo fora do objetivo do curso. Sabemos que existe uma grande quantidade de conteúdo adicional que ele poderia se interessar, mas seu trabalho é tornar isso algo secundário, e focalizar sua atenção nos momentos do aprendizado que realmente importam.

Feedback imediato
Pode parecer exagero chamar os comentários ácidos e retóricos do House de feedback. Mas o que quero destacar aqui é que ele dificilmente é indiferente. Ele sempre deixa claro quem está certo e quem está errado, nem que para isso ele precise chamar alguém de idiota ou mandá-lo calar a boca, seguido de um passo-a-passo esclarecedor. Assim, ele corrige o rumo da equipe no momento em que os erros surgem e ajuda-os a encontrar a resposta para os problemas do paciente.
Assim, ao elaborar um exercício ou teste, vá além das mensagem “correto” ou “incorreto”; aproveite o momento para mostrar onde o aluno errou e forneca os passos necessários para ele se corrigir.
Ver como funciona na prática
Às vezes, Dr House não tem a mínima idéia do que há com o paciente e decide algo como: “testem ele para tudo” ou “não vamos fazer nada”, ou ainda, “faça ele piorar para termos mais sintomas”. Sim, também acho o máximo quando isso acontece, mas o ponto aqui é que ele manipula e testa na prática o seu objeto de estudo, mesmo indo além da ética.
O fato é que ao praticarmos aprendemos muito mais rápido. Se temos condições de representar as situações reais em um ambiente simulado, vivenciamos situações realistas em que podemos ter a liberdade de errar e, assim, aprendemos . Por se aproveitar desses recursos podemos elaborar conteúdos mais convincentes e menos rígidos, em que o aluno pode chegar a uma conclusão por testar os ambientes, tomando decisões personalizadas.

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